PEITO SECO – CAUSA OU CONSEQUÊNCIA

07/06/2012 16:51

Edson Amorim de Castro

Médico Veterinário

 

Levando-se em consideração o fato de que, constantemente, muitos criadores de pássaros afirmam ter em seu criadouro aves com PEITO-SECO, FACÃO, GILETE OU QUILHA, embolados e sem comer, é preciso analisar o seguinte: A expressão peito-seco não é doença e sim a consequência ou sintoma de uma série de doenças como veremos a seguir:

 

COCCIDIOSE (Eimeriose) – É provocada por um protozoário que parasita os intestinos, causando diarreia, fraqueza, plumas da cloaca suas pelas fezes e acomete todo tipo e qualquer tipo de pássaro. O tratamento preventivo é necessário, ao menos, a cada seis meses, já o tratamento curativo, sempre que diagnosticar um pássaro doente.

 

VERMINOSES – Muitos são os vermes que acometem os pássaros durante toda a sua existência, sendo necessário, portanto, efetuar, no mínimo, duas vermifugações ao ano em todo o plantel. Estas devem ser repetidas após quinze dias para certificar-se de que todos os estágios dos vermes foram eliminados.

 

FUNGOS – Podem ser transmitidos aos pássaros através de sementes contaminadas, alimentos mal lavados ou mal acondicionados, material de ninho e pelo próprio ar. A antibioticoterapia prolongada e a deficiência de vitamina ‘A’ constituem-se em fatores predisponentes.

 

DEFICIÊNCIA NUTRICIONAL – A alimentação dos pássaros é de suma importância para o sucesso da criação. Devemos utiliza sementes de boa procedência, livres de contaminantes e uma ração ou farinhada balanceada para prover todas as vitaminas, aminoácidos essenciais e sais minerais necessários ao bom desenvolvimento dos pássaros.

 

MICOPLASMOSE – (também chamada de doença respiratória – DCR). Os pássaros apresentam comprometimento respiratório, estertores traqueais, tosse e espirros. Descarga nasal e lacrimejamento podem estar presentes.

 

CORIZA – Causada por bactéria do gênero Haemóphilus, provoca anorexia, descarga nasal serosa, tosse, dispneia e congestão das mucosas. Os pássaros podem apresentar infecções latentes, que após “stress” ou em associação com outros patógenos podem desenvolver a doença.

 

Os melhores meios de evitar estas doenças e, por consequência o peito-seco são:

- higiene absoluta das gaiolas, comedouros, bebedouros e equipamentos;

- sistema de ventilação adequado, evitando as correntes de vento;

- controle de temperatura e umidade. O excesso de umidade, associado a temperaturas elevadas, favorecem a proliferação de fungos, bactérias, endo e exoparasitas;

- controlar a superpopulação;

- água de boa qualidade, de preferência mineral ou filtrada;

- alimento balanceado, livre de contaminantes;

- pássaros recém-adquiridos devem permanecer em quarentena, sem qualquer contato com os demais equipamentos;

- impedir o contato direto ou indireto com pássaros livres, como pombos e pardais que veiculam doenças e parasitoses;

- evitar “stress” desnecessário, como animais domésticos ou pessoas estranhas dentro do criadouro;

- tratamento profilático de verminoses e doenças com medicamentos de qualidade acentuada.

 

Enfim, o melhor tratamento é a prevenção, para tanto, existem no mercado bons produtos, porém para uma prevenção e tratamento mais eficazes, sugerimos o NALYT, produzido pela Duopass. Este produto foi desenvolvido para controle e combate à micoplasmose dos pássaros, assim como de coccidiose, causadoras do peito-seco e ainda reidrata e fornece energia ao pássaro doente.

 

Embora com poucos anos de vida no mercado, o NALYT tem propiciado excelentes resultados, quando usado corretamente. Para o tratamento preventivo administre, nas rações ou farinhadas, 10 gramas de NALYT para cada quilo de alimento, durante 5 a 7 dias. No tratamento curativo use 10 gramas de NALYT para cada 500 ml de água (de preferência mineral). Administre a solução aos pássaros por 5 a 7 dias, trocando-a diariamente, sendo este solução a única fonte de água dos pássaros. Caso o pássaro rejeite este solução, administre diretamente no bico 2 a 3 gotas, duas vezes ao dia.

 

Revista SPCO – 1998.